Toda
comunidade acadêmica amanheceu com um grande sentimento de tristeza nesta
segunda feira, 21 de julho de 2014. Com a consternação que é inerente a
momentos como estes, nos despedimos do grande Procurador da República,
Procurador Eleitoral, Subprocurador Geral da República, Conselheiro da OAB,
Advogado, Jurista, Professor Doutor Alcides Alberto Munhoz da Cunha.
Professor
sempre preocupado com a efetiva prestação jurisdicional, ao longo de 30 anos
formando juristas, sempre fez questão de ter esse como norte de seus
ensinamentos. De uma generosidade sem igual, suas aulas deixarão marcas
permanentes em seus alunos. Marcas essas, que sem objeções, estarão e estão
presentes na atuação de cada um que teve a oportunidade de lhe ouvir falar o
direito.
Seus
alunos, frente ao conceito de jurisdição segundo Giuseppe Chiovenda, sempre
ouvirão sua voz ao depararem-se com o fenômeno da “substitutividade”.
Eram
marcantes seu entusiasmo, sua dedicação e seu aprazimento ao tratar do Direito
Processual Civil com seus alunos dos primeiros anos da graduação ou da
pós-graduação, sem distinções.
Quando
publicou seu livro, em 1992, intitulado “A lide cautelar no processo civil”,
pode contar com Ovídio Baptista da Silva para redigir o prefácio. Na ocasião o
respeitado processualista apontou que “é de se esperar que os estudiosos do
processo civil lhe dediquem a merecida atenção”, assim como ele, nós, alunos e
professores, também ansiamos pela merecida consideração aos seus ensinamentos.
A
alegria com que percorreu os corredores da Faculdade de Direito da UFPR e a
personalidade extremamente combativa quando tratava-se do justo processo não se
vão com sua presença material, o âmago de sua atuação profissional permanecerá
entre as colunas da Santos Andrade influenciando aqueles que por aqui passarem.
Nesse
primeiro momento guardaremos luto em sua memória, olharemos a mesa defronte ao
quadro negro e sentiremos, como na composição de Sérgio Bittencourt, que “está
faltando ele e a saudade dele está doendo” em nós. Porém, em algum tempo
trocaremos o luto pela devida homenagem a que merece: a nossa luta, cotidiana,
por uma tutela jurisdicional adequada e efetiva.
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