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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Homenagem ao Prof. Dr. Alcides Alberto Munhoz da Cunha


Toda comunidade acadêmica amanheceu com um grande sentimento de tristeza nesta segunda feira, 21 de julho de 2014. Com a consternação que é inerente a momentos como estes, nos despedimos do grande Procurador da República, Procurador Eleitoral, Subprocurador Geral da República, Conselheiro da OAB, Advogado, Jurista, Professor Doutor Alcides Alberto Munhoz da Cunha.

Professor sempre preocupado com a efetiva prestação jurisdicional, ao longo de 30 anos formando juristas, sempre fez questão de ter esse como norte de seus ensinamentos. De uma generosidade sem igual, suas aulas deixarão marcas permanentes em seus alunos. Marcas essas, que sem objeções, estarão e estão presentes na atuação de cada um que teve a oportunidade de lhe ouvir falar o direito.

Seus alunos, frente ao conceito de jurisdição segundo Giuseppe Chiovenda, sempre ouvirão sua voz ao depararem-se com o fenômeno da “substitutividade”.

Eram marcantes seu entusiasmo, sua dedicação e seu aprazimento ao tratar do Direito Processual Civil com seus alunos dos primeiros anos da graduação ou da pós-graduação, sem distinções.

Quando publicou seu livro, em 1992, intitulado “A lide cautelar no processo civil”, pode contar com Ovídio Baptista da Silva para redigir o prefácio. Na ocasião o respeitado processualista apontou que “é de se esperar que os estudiosos do processo civil lhe dediquem a merecida atenção”, assim como ele, nós, alunos e professores, também ansiamos pela merecida consideração aos seus ensinamentos.

A alegria com que percorreu os corredores da Faculdade de Direito da UFPR e a personalidade extremamente combativa quando tratava-se do justo processo não se vão com sua presença material, o âmago de sua atuação profissional permanecerá entre as colunas da Santos Andrade influenciando aqueles que por aqui passarem. 

Nesse primeiro momento guardaremos luto em sua memória, olharemos a mesa defronte ao quadro negro e sentiremos, como na composição de Sérgio Bittencourt, que “está faltando ele e a saudade dele está doendo” em nós. Porém, em algum tempo trocaremos o luto pela devida homenagem a que merece: a nossa luta, cotidiana, por uma tutela jurisdicional adequada e efetiva.

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